segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Paz de cemitério na Líbia

A propalada "democracia ocidental" tem chegado com muito alarde à Líbia. Desde o início da cruzada da OTAN, em conluio com alguns países árabes, serviçais do imperialismo, já foram realizadas quase 20 mil incursões aéreas, das quais 7 mil foram bombardeios. Tal "ação humanitária", contra um governo que não segue a risca os ditames imperiais, já provocou a morte de pelo menos 1200 civis líbios e feriu muito mais, destruiu grande parte da infraestrutura do país (menos os campos petrolíferos, claro), provocou desabastecimento de água, alimentos e remédios e muitas outras mazelas. Tudo isso com a aprovação da ONU e até de certos indivíduos e organizações que dizem defensores dos direitos humanos. Junto com canhões e aviões de guerra, a mais imunda arma contra o governo da Libia tem sido a cretinice e a mentira da midiazona servil.
Tudo indica que, mais uma vez, vai prevalecer o mesmo caminho desastroso que seguiram Iraque e Afeganistão, onde a democracia e a paz ainda não deram as caras. Diferente destes dois, na Líbia as tropas invasoras não desceram para o confronto e foram exploradas divergências internas, inclusive dentro do próprio governo de Kadhafi, para gerar um conflito civil apoiado por potências estrangeiras. Os invasores não virão de armas na mão, mas chegarão para "reconstruir" o país, através da Halliburton e similares, mas também virão os mercenários para "pacificar" as disputas internas, como também já ocorre nos outros países "democratizados". Medidas imediatas de redirecionamento das "prioridades" a serem atendidas com a enorme quantia de dinheiro gerada pelo petróleo serão tomadas seguindo conselhos de "especialistas internacionais" a soldo das empresas petrolíferas.

Mais uma vez a história deverá se repetir como tragédia e um povo pagará caro por ter grande riqueza natural em seu país. Que nos sirva de lição quanto ao pré-sal e à Amazônia.

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