quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Imposto Sexual

Os defensores do chamado "estado mínimo" gostam sempre de reclamar que o Brasil tem uma carga tributária muito elevada, chegam a dizer até que o brasileiro é o cidadão que mais paga imposto nesse pedaço do universo. Tá certo que por aqui não se paga pouco imposto, ainda mais que o retorno é bem aquém do esperado e mais ainda do necessário. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) a carga tributária do Brasil equivale a 34% do PIB nacional, percentual que já foi 25%, em 1998,  33%, em 1999, 37%, em 2000. Veja que a subida aconteceu justamente quando a tucanagem mandava por essas bandas.

Agora imposto alto mesmo que tem é Luxemburgo que saltoude 35,5% em 2008 para 37,5% em 2009, Suíça de 29,1% para 30,3%  e Eslovênia de 37,2% para 37,9%. Nos Estados Unidos a carga pode chegar a 40% para o setor industrial e nos países europeus a coisa também não fica por menos. Não é à toa que os milionários daquelas bandas adoram paraísos fiscais pra enterrar suas valiosas botijas.

Na Holanda, onde a carga tributária é em torno de 39% do PIB, o governo busca novas formas de arrecação e o que não falta é criatividade e uma boa dose de ousadia. Veja essa informação que arrecadei na coluna da jornalista diplomada, roqueira e apreciadora da filosofia e do futebol, Ana Cristina Cavalcante, no portal InvestNE e me diga se não há formas muito originais de aumentar a receita pública.

Garotas do Red Light  virarão contribuintes na Holanda
"Acontece na Holanda, o país da Laranja Mecânica e das exóticas vitrines de moças do Red Light District (o Distrito da Luz Vermelha).  O fisco holandês vai cobrar imposto de quem vive de vender seu corpo. Não pense, caro leitor-internauta, que é uma medida de cunho moralista. Não é. Trata-se de apetite da receita holandesa mesmo. Olhem só: será cobrada alíquota de 19% em cada relação sexual. “Começamos nos bordéis, agora vamos às vitrines”, disse  Janeke Verhegen, porta-voz do Serviço Fiscal do país. Os holandeses precisam conter o déficit nas contas públicas. Com este pretexto, o governo passou a cobrar impostos das casas de prostituição. Agora vai taxar as prostitutas que se exibem nas vitrines de Amsterdã. As meninas, claro, estão protestando. Acham que o imposto é pesado demais. Mas os números são bom argumento para o fisco: o setor movimenta cerca de 660 milhões de euros por ano, na Holanda".

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