sexta-feira, 26 de junho de 2009
Fome de dinheiro
Agora, leia você a matéria e veja se num dá uma raiva danada.
Em 2008, bancos tiveram mais ajuda que pobres em 50 anos
O setor financeiro internacional recebeu, apenas em 2008, quase dez vezes mais recursos públicos do que todos os países pobres do planeta nos últimos cinqüenta anos. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (24) pela campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) pelas Metas do Milênio, destinada a combater a fome e a pobreza no mundo. Enquanto os países pobres receberam, em meio século, cerca de US$ 2 trilhões em doações de países ricos, bancos e outras instituições financeiras ganharam, em apenas um ano, US$ 18 trilhões em ajuda pública.
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Um moço faceiro
O meu aboio sodoso
Faz quem tem amô chorá'.
(O Vaqueiro, do Patativa do Assaré)
O cabra ser coruja do filho que tem é direito de todo pai e de toda mãe. O cabra criar os filhos com gosto, com jeito, com carinho, com chamego e com mais de bom tiver nesse mundo, pode saber que vai ter filho feliz e muito distinto. Agora, cada ser vivente tem um jeito seu de viver a vida e esse cabra aí tem um jeito que faz dele criatura muito especial. Olhe só a marmotagem dele, a faceirice de caboco elegante vestido numa roupa de festa e diga se eu num tenho meio mundo de razão pra ser um cabra muito feliz, um pai muito privilegiado. Sou ou num sou?
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Diga lá ...
A conta tá alta
O deputado Chico Lopes, que num é de esconder o que pensa e pensa no que vive o povo, foi logo dizendo: "Agindo dessa forma, esses partidos dão um enorme passo para trás na luta pela defesa do consumidor, penalizado com os sucessivos aumentos na tarifa de energia. É consensual a necessidade de investigar a cobrança dessa tarifas, por empresas que têm monopólio em cada estado, deixando o consumidor refém". O Chico também pensa que o parlamento deve cuidar de sua imagem e isso deve ser feito através do rabalho em favor do povo. Por isso ele disse também: "Se a CPI não for à frente, isso poderá ajudar a jogar mais lenha na fogueira dos que tentam colocar a opinião pública brasileira contra o Congresso Nacional. Como explicar à população a omissão dos deputados em fiscalizar um setor que mexe com o dia-a-dia dos brasileiros, do trabalhador até os industriais?"
Pois é, esse episódio me parece um pouco educativo. Primeiro pra gente saber quem ainda manda no pedaço. O poder econômico, representado neste caso pelas concessionárias de energia elétrica, pressionaram e impediram a investigação. E a gente pode ficar desconfiar que pelos partidos que acompanharam o PT nesse abafa, o acordão envolve outros assuntos em pauta no Congresso, talvez até na mesma área energética. Penso assim, e como pensar não paga imposto, tá pensando. Vale também um alerta pro movimento social e pra própria sociedade. Mesmo num governo democrático e popular como o do Lula, se num houver pressão social a coisa num avança prá valer.
Recado final: Disse aqui outro dia que o deputado Lula Morais tinha realizado um grande feito ao instalar na Assembléia Legislativa do Ceará a CPI da Coelce, com o mesmo objetivo da comissão natimorta. Pois ele que se cuide porque a comissão cearense pode ser apagada a qualquer hora.
Mania de postar
Esse lance de criar um blog vai deixando a gente meio agoniado quando não consegue fazer uam postagenzinha sequer todo dia. A vida anda meio corrida demais, minha conexão da meio complicada e por isso blogo pouco ultimamente. Mas hoje eu tava circulando pela blogsfera e cheguei no Blog do Adeodato, um desses amigo que a gente faz pra sempre, e vi esse vídeo dos Mutantes. Achei que valeria a pena compartilhar com você essa musiquinha gostosa, dessa turma muito incrível que marcou um tempo no Brasil. Pois curta aí se num é bom demais.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Jornalistas
Carinho gratuito
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Dia de vaqueiro
Sou mais feliz brasileiro
Eu num invejo dinheiro
Nem diploma de doutor
Patativa do Assaré
Hoje é o Dia do Vaqueiro, por sinal muito bem pintado aí pelo Raimundo Cela, camocinense nascido em Sobral. Aprendi isso tem pouco mais de ano e fiquei muito feliz de compartilhar a data com esse personagem sertanejo, que aprendi a respeitar desde menino. Foi por isso que me larguei hoje de Fortaleza, acompanhado do meu filhote Guilherme e mais três meninas sobrinhas, Clarinha, Lia e Luciana, no rumo do meu sertão. Vim aqui buscar meus gás natural, renovar minha energia de viver. Aqui estão Dotô Luciano e Domaducarmo (ela me ligou cedinho e, como sempre faz, cantou o "Parabéns" todinho, desejou muita felicidade e me deixou nas mãos da fé dela) que receberam eu e meu menino com festa e alegria. Hoje vou encontrar mais gente de bem querer, comer bolo com guaraná Delrio, me emocionar e sentir mais ainda o gosto bom de viver.
Ainda fico aqui até domingo. Tenho planos de "ir pra Lua"e lá escutar o violão do João Rodrigues, tomar uns goles na noite de lua minguante, sorrir com amigos e entes queridos. Mas também planejei tirar uma noite no sertão e tomar um leite mugido com o Guilherme (meu menino num sabe desse sabor). Tem pouca coisa melhor na vida do que isso que decidi fazer, que faz tempo que num faço e sei que vou ficar um tempo largo sem fazer. Daqui vou voltar mais velho, mais vivido, mais seguro de viver e envelhecer mais feliz ainda.
Quero aqui nessa beiradinha só fazer uma lembrança dum vaqueiro de porte nobre, que tava sempre "vestido no couro", nem que fosse só de perneira e sandália, e montava o "Lazão", cavalo que depois herdei de montaria. Seu Zé Simão trabalhava pro meu avô Clodoveu Arruda, pai do "Dotô". Seu Zé, receba minhas homenagens nesse dia nosso, campeie gado por aí onde estivere solte o aboio nesses campos sem fim.
Sonho menino
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Medo em segundo plano
“Foi com medo de avião...” Os versos do cantor e compositor cearense Belchior não saem da cabeça de muitos brasileiros quando o assunto é viagem aérea. Na prática, o medo de avião pode ou não estar associado a algum trauma ligado a experiências anteriores e também pode surgir com o tempo.
A fobia é tamanha que, quando era vereador, Chico Lopes chegou a passar para frente viagem à Europa e, até hoje, o trecho voado mais longo foi Fortaleza-Porto Alegre.
O deputado federal conta que sempre que acontece um acidente aéreo seu medo aumenta, daí começa a retrabalhar a questão em sua cabeça. “Tenho um dever de respeito porque, quando pedi o seu voto, não disse que tinha medo de voar. Estou doido para que inaugurem um trem bala que viaje a 600 Km por hora”.
sábado, 6 de junho de 2009
O Acquario e a luta do povo
No finalzinho da tarde de ontem participei de uma audiência pública promovida pela vereadora Eliana Gomes que juntou representantes da comunidade do Poço da Draga, do Governo do Estado, da Prefeitura de Fortaleza, do IAB e mais alguns interessados pra discutir o Projeto Acquario, em especial sua relação coma comunidade vizinha. Eu nunca tinha visto como seria o projeto e digo logo que fiquei maravilhado. Serei um dos que visitarão muito aquele lugar, obviamente que terei quase sempre a companhia do meu pequeno pesquisador, o Guilherme.
Mas outra coisa também me impressionou naquela audiência. O debate em si e fiz questão de registrar isso na minha intervenção. Lembrei que ao chegar a Fortaleza em 1980 ainda repercutia na cidade a luta dos moradores da Favela Zé Bastos e da Favela das Placas, banidas de suas áreas e deslocadas para uma região distante sem infraestrutura, para que fossem feitas obras públicas no lugar onde moravam famílias. Ontem o debate foi outro. Fiquei comovido com a sinceridade, a determinação e a bravura da Dona Rocilda, líder comunitária, que bateu na mesa e disse que o povo é cheio de "vizinhos ricos" e apesar de tantas obras em torno da favela "nunca ninguém botou um cano pra tirar os dejetos fecais do meio da rua". É uma merda mesmo isso, né não?
O povo todo que tava ali apóia a obra, mas quer saber dos benefícios que terá. E tem razão. A obra é uam coisa linda mesmo e você pode ver uam simulação nesse vídeo aí, mas num pode esquecer quem tem um povo ali do lado que quer também um pouco de atenção. Falei pra Dona Rocilda: "Aproveite, mulher, porque a hora de ganhar umas coisas pro seu povo é agora. Mobilize a comunidade. Vamos ganhar o oceanário e também uma vida melhor pra vizinhança e pra cidade".
A vida é assim. A cidade é de todos, mas o povo tem sempre que lutar pra ser cidadão.
Aula de jornalismo e democracia do Vermelho
05/06/2009
Na reportatem 'Política de cotas: projeto enfrenta resistência conservadora na CCJ ', está dito: 'Segundo Sérgio José Custódio, do MSU, o jornalista e sociólogo Ali Kamel, atual diretor-executivo de jornalismo da Rede Globo e colunista do jornal O Globo, liga pessoalmente para os senadores para pedir votos contrários ao projeto de lei e teve participação expressiva em Audiência Pública na CCJ.' A afirmação é totalmente falsa e mentirosa. Nunca liguei para senador algum pedindo voto para o que quer que seja, e nunca o farei. Nunca liguei para senador da CGJ para sequer abordar o tema. Também é totalmente falsa a afirmação de que participei de audiência pública sobre o assunto: isso nunca aconteceu. Deafio o 'Vermelho on line' a provar o contrário. Peço retificação imediata. Minhas posições a respeito do tema, eu as expresso em meus artigos assinados no Globo e nos livros que escrevo. Respeito quem advoga cotas raciais. Não respeito quem mente. Ali Kamel
Rio de Janeiro - RJ
Resposta:
Prezado Ali Kamel A matéria "Política de cotas: projeto enfrenta resistência conservadora na CCJ" foi publicada originalmente pelo jornal "Brasil de Fato", e o Vermelho apenas reproduziu a matéria, na íntegra, sem alterações. O crédito ao "Brasil de Fato" está citado no pé da matéria, como fazemos em todos os textos que reproduzimos de outras fontes. Mas em respeito à sua reclamação -- e até que tenhamos condições de verificar a veracidade da informação publicada pelo "Brasil de Fato"--, decidimos acrescentar sua contestação junto ao trecho da matéria que o cita. Atenciosamente Cláudio Gonzalez Secretário de Redação do portal Vermelho
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Poeta criança
Romantismo
o libertador e o casal liberal
O lance é o seguinte: num dos curtas do filme um jovem casal americano, em férias na cidade, visita o Cemitério Père Lachaise onde estão enterredos muitos famosos. Pois bem, ao chegar diante do túmulo de Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir, enquanto a mulher fala Simone de Beauvoir advinhe o que tá escrito na legenda: Simon Bolivar! Isso mesmo, eu também não acreditei e voltei um pouco. Não havia dúvidas, casaram o libertador latino americano, que viveu entre os séculos 18 e 19 com o pensador francês do século 20.
Tá certo que Sartre e Simone formavam um casal bem avançado, com um relacionamento até ousado, era digamos assim um casal liberal e enquanto Bolivar era um libertador. A mancada do filme exagerou no tempo, no espaço e noutras dimensões.
Paris
Ontem à noite assisti ao filme "Paris, te amo", onde uma penca de cineastas faz sua homenagem à cidade. Todos os filmes são curta metragens que duram uns 10 minutos cada e em geral o amor, nas suas variadas formas, tá pelo meio. Ele estão em sequência, mas num deixe de assistir o filme todo porque no final tem uma "costura" muito legal.
Tem uns poucos que num são muito legais, mas tem uns que encantam mesmo. Um dos que mais me tocaram foi este aí, que dura pouco mais de cinco minutos. Vale a pena "gastar" um tempinho de nada. É muito bom se emocionar!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Mal na fita
Corujice familiar
terça-feira, 2 de junho de 2009
Mora véi de guerra!
Queda do dólar
"Meu pai é um homem das palavras, rápido no gatilho, sempre tem algum comentário divertido na ponta da língua. Enquanto lia o caderno de economia do jornal de sábado comentou:-Essa semana o dólar vai ser vendido nas lojas de 1,99!!! "
Eita língua afiada!
Mesa boêmia
Pois bem, ele num conta, mas eu ou contar, que o Gilvan, ele e eu viramos um bocado de noites nessa cidade de Fortaleza "molhando a palavra", como dizia o finado Augusto. Como o Joan morava no interior (Cedro, Acaraú e agora Sobral - tinha que ser lá, né?) esses nossos papos aconteciam nos finais de semana de reunião do Comitê Estadual do PCdoB. Assunto pra tudo que é gosto, algumas vezes tínhamos também a companhia de um violão e obviamente de amigas e amigos. Nessas muitas ocasiões, e noutras também, é verdade, conversávamos sobre o Padre Osvaldo.