sábado, 3 de janeiro de 2009

Esqueci não


Cuba, os cubanos e sua revolução acharam por bem amanhecer o ano de 1959 com um alvorecer maravilhoso de uma vida nova, de um novo mundo. Nem comunistas, ou mesmo socialistas, eram. Ou pelo menos não se consideravam como tais. Mas eram revolucionários e não há ambição maior na vida do que contruir uma nova sociedade, revolucionar a vida.

No dia certo dos 50 anos da Revolução Cubana eu nem passei por aqui. Passei nem perto dum computador porque tô mesmo aproveitando o descanso aqui em Sobral com minha família. Passei os dois últimos dias na Palestina, a que fica na Serra da Meruoca, e ali fiquei ainda mais desligado. Mas só foi baixar aqui na Metrópole tratei de achar um computador onde buscasse as novidades e um jeito de homenagear essa data querida dos que amam a vida e o futuro melhor para os povos do mundo.Pois taí, um texto legal que busquei no Vermelho, onde estão descritos a ofensiva final e os primeiros passos daquela vitória revolucionária que não é modelo, nem deve ser, mas é inspiração. (Na foto estão Camilo Cienfuengos e Fidel Castro, nos dias triunfais de janeiro de 1959)


Uma história heróica: os dez dias que revolucionaram Cuba


A ofensiva final contra a ditadura de Fulgencio Batista lançada pelo Exército Rebelde de Fidel Castro desencadeou uma seqüência de acontecimentos que precipitaram o triunfo de 1º de janeiro de 1959.

Enquanto Fidel e seu irmão Raúl lutavam nas montanhas do oriente, o comandantes Ernesto 'Che' Guevara e Camilo Cienfuegos - o outro líder rebelde emblemático, que desapareceu junto com seu avião, em outubro de 1959 - lutavam em Las Villas (centro) apoiados pelas forças independentes do Diretório Revolucionário e a II Frente de Escambray.

A seguir, o prelúdio da vitória dia-a-dia:

- Segunda-feira, 20 de dezembro: os guerrilheiros de Che iniciam o ataque a Santa Clara, capital de Las Villas, onde fica bloqueado um trem blindados com 22 vagões lotados de militares, fuzis, metralhadoras e canhões antiaéreos que Batista enviava para o oriente, numa última tentativa de conter a rebelião.

- Terça-feira, 30 de dezembro: os soldados se fortalecem nas colinas de Santa Clara e o trem militar tenta escapar, cai numa emboscada e descarrila. Os rebeldes fazem prisioneiros e apreendem as armas.

- Quarta-feira, 31 de dezembro: Batista prepara sua fuga. Na festa de fim de ano no Palácio Presidencial, renuncia e sai às pressas para o Quartel Columbia, onde o espera um DC-3 com os motores ligados. Em dois aviões, parte com sua família e seus principais colaboradores para Santo Domingo, onde é recebido pelo ditador Rafael Trujillo.

- Quinta-feira, 1o. de janeiro: Eloy Gutiérrez Menoyo, chefe da Frente de Escambray, entra em Havana às três da tarde com mil homens. Che Guevara comunica a Fidel Castro por rádio que tomou o quartel de Santa Clara. Seus 340 homens derrotaram 3 mil soldados.

Fidel ordena a Guevara e Cienfuegos que avancem para Havana. Outra coluna rebelde se aproximada da oriental Santiago de Cuba. À tarde, Raúl Castro pede a rendição da cidade, e Fidel a acerta, em seu acampamento na periferia, com o cheffe do Quartel de La Moncada às nove da noite.

Homens e mulheres de pijamas recebem Raúl nas ruas de Santiago. Fidel chega tarde da noite e, em um ato, que acaba na madrugada do dia 2, proclama o triufno da rebelião na sacada da prefeitura, ante uma multidão empolgada.

- Sexta-feira, 2 de janeiro: durante a madrugada, Manuel Urrutia jura como presidente - e renuncia pouco depois. Camilo entra em Havana e toma Columbia. Che parte rumo à cidade com seus homens em caminhões. Fidel deixa Raúl em Santiago e começa um percurso de 1.000 km para a capital, a 'Caravana da Vitória', transmitida pela televisão.

- Sábado, 3 de janeiro: Che entra em Havana durante a madrugada e toma a fortaleza de La Cabaña.

- Segunda-feira, 5 de janeiro: Fidel chega a Camagüey, fala ao povo, se reúne com Urrutia no avião presidencial - em vôo para a Havana - e conversa no aeroporto com Che, que viajou para receber instruções.

- Terça-feira, 6 de janeiro: Fidel Castro chega a Santa Clara e fala com uma multidão.

- Quarta-feira, 7 de janeiro: Fidel chega a Matanzas - próxima à Havana. Fala com a população e se reúne novamente com Che.

- Quinta-feira, 8 de janeiro: Fidel e sua tropa entram em tanques, jipes e caminhões em Havana, numa apoteose geral. Camilo o espera em El Cotorro, entrada da cidade, e se soma a caravana, que parte para a Avenida del Puerto e Malecón.

Em Cabaña, Che acompanha com binóculos o percurso. Fidel chega em Columbia, onde pronuncia o discurso de consagração do triunfo da Revolução.

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