quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Tô querendo briga

No início desta semana a assessoria do Senador Tasso Jereissati mandou pra mim e prum monte de gente o seu boletim eletrônico. Das vezes anteriores eu lia o bicho, mas depois deletava e pronto. Dessa vez, em função do assunto tratado, o empréstimmo pedido pela Petrobras à Caixa Econômica Federal, resolvi tentar abrir um debate e respondi à assessria fazendo comentários e perguntas. Chamei prum debate e avisei que seria público. O boletim chegou às 21:19h, do dia 02 e eu respondi, num quase arroubo, quase na lata, a 1:43h, do dia 03, ou seja 3 horas e 26 minutos depois. Até agora não recebi um retorno, mas vou começar a publicar o papo, aguardando que receba retorno. Desde já asseguro que publicarei do jeito que vier, mas também retornarei do meu jeito.

Veja abaixo o boletim do Tasso, que aliás chega como Notícias do Senado, e não do mandato dele, único assunto que é tratado. Mais embaixo você poderá ler minha resposta-comentário-pergunta.


TASSO VOLTA A QUESTIONAR SITUAÇÃO FINANCEIRA DA PETROBRÁS

O senador Tasso Jereissati voltou a reafirmar que a Petrobras enfrenta uma crise de caixa. Durante pronunciamento na tribuna do Senado, nesta terça-feira, o senador cearense retomou o debate, inciado por ele na última semana, quando apresentou detalhes de um empréstimo contraído pela empresa junto à Caixa Econômica Federal (CEF), de R$ 2 bilhões. Para Tasso, a Caixa "fez um empréstimo de capital de giro para a Petrobras. Não foi empréstimo para investimento, não foi empréstimo para aquisição, foi empréstimo para capital de giro, ou seja, para o dia-a-dia da companhia, que estava sem caixa". Além disso, o empréstimo fugia à normalidade das operações da Caixa Econômica, outro ponto que deveria ser esclarecido. A Caixa, até aquela data, havia aplicado em 2008 tão somente R$ 1,3 bilhão para habitação, em toda a região nordeste do Brasil.

O novo pronunciamento do Senador aconteceu após integrantes do Governo terem classificado de "terrorista" a atitude da oposição ao abordar a questão, levantando suspeitas sobre a situação financeira da Petrobras. Tasso afirmou que não havia dito que a empresa estava quebrada, mas sim com problemas de caixa e que chegavam notícias de que não estava pagando a seus fornecedores.

"O que dissemos aqui no plenário foi confirmado por todos. A crise de liquidez está no balanço da própria empresa, identificando que ela tem a pagar mais do que tem a receber a curto prazo", afirmou o senador. Tasso avalia que a Petrobrás teria obtido tratamento privilegiado, devido a taxa de juro utilizada ter ficado abaixo do mercado.

Em seu pronunciamento, Tasso ainda analisou a situação do preço da gasolina no Brasil, apontado como o mais caro do mundo. Para ele, "pagamos a gasolina mais cara do mundo, quase três vezes o que se paga nos Estados Unidos e mais do que na Europa. Se compararmos com produtores de petróleo, o preço da nossa gasolina é quatro, cinco vezes maior". O pior, é que, em função do aumento significativo dos custos havidos na Petrobrás, tanto em despesas de custeio, como com despesas bilionárias em consultorias, ele podia antever que a Petrobras não diminuirá tão cedo o preço da gasolina, deixando de repassar ao consumidor brasileiro o benefício da baixa dos preços no mercado mundial. Os brasileiros serão penalizados pela má gestão da empresa.

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