quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Num rejeita, mas também num vota

Em geral as pesquisas eleitorais chamam atenção mais pelo posicionamento das candidatas e candidatos na disputa majoritária. Cada pesquisa é aguardada, com a maior ansiedade, pelo público doido pra saber como tá a disputa. É bom lembrar que os comitês eleitorais, pelo menos o mais estruturados, sabem direitinho porque a campanha é toda monitorada por pesquisas quantitativas e qualitativas. Por conta disso é que aumenta ou diminue o nervosismo e os ataques aos adversários nos programas de rádio e tv, nos debates e no meio da rua mesmo. Basta espiar a pancadaria em cima da Luizianne pra sentir como tá a coisa. Nestes últimos dias de campanha, Moroni e Patrícia vão fazer de pra impedir que a eleição seja resolvida no primeiro turno.

Mas o que eu quero dizer mesmo é que uma das coisas que me chamam atenção nas pesquisas é o baixo índice de rejeição da Patrícia. Desde o início ela mantém um baixíssimo índice de rejeição. No Vox Populi nunca passou de 8%, o que se poderia imaginar que o eleitorado estaria aberto pra votar na senadora. É certo que outros candidatos, os de menor expressão eleiotoral, também são pouco rejeitados, mas aí vai um certo desconhecimento e aí vale ressaltar uma atitude justa do eleitor: não pode rejeitar o que não conhece. Mas no caso da Patrícia, o que não falta é conhecimento. Fazem pelo menos uns vinte anos que a mulher taí nas campanhas, seja como esposa de candidato, como candidata ou como apoiadora de candidatos. Pois o mesmo eleitor que conhece e não rejeita, também não vota na Patrícia. É uma coisa curiosa porque penso que numa disputa quente como a de Fortaleza, o normal seria que pelo menos o eleitorado da Luizianne, que cresce todo dia, rejeitaria a senadora. A impressão que eu tenho é que o povo passa o seguinte recado: tudo bem, Patrícia taí na disputa, mas não queremos que ela seja prefeita não, se ela quiser ser parlamentar topamos. Sacaram? Será que tô viajando demais?

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