quarta-feira, 16 de julho de 2008

Luizianne tem que cuidar de sua vidraça

Já a segunda posição de Luizianne, com 26% na estimulada, demonstra que a Lôra tem bom potencial de disputa e está melhor do que a boataria espalhou. O bombardeio contrário da oposição e da mídia, que todo dia apresenta um problema na cidade (até um engarrafamento numa rua da Aldeota virou um caos em todo o bairro), não foram ainda suficientes pra tira-la da disputa.

A prefeitura tem uma folha de serviços até razoável para mostrar e isso vai potencializar muito a candidatura da Luizianne. É bem verdade que o “núcleo duro” de articulação política da prefeita, em que pese ter conseguido formar uma aliança partidária bem ampla, às vezes atrapalha. A indefinição do vice é o exemplo mais patético. Tem ajudado bastante a criar notícias negativas e problemas delicados para serem resolvidos. O pedido de impugnação da chapa já mobiliza boa parte das forças para uma ação defensiva e isso é tudo que uma candidatura não precisa, ainda mais no começo da campanha. Essa pendenga pode durar todos os 80 dias que nos separam do dia 5 de outubro.

Um outro problema de Luizianne é seu alto índice de rejeição, 33%, o maior de todos os candidatos. Imagino que se deve somar aí uma rejeição política e uma também uma rejeição administrativa. É claro que Fortaleza tem um número razoável de eleitores conservadores e até de direita, estes rejeitam uma candidata de esquerda, por mais que ela amplie seu apoio a setores políticos que nada têm de esquerda. Além disso, é preciso considerar que a opção da Prefeita em fazer uma administração que beneficia áreas mais carentes da cidade gera insatisfação, até mesmo nos chamados setores médios, e isso se reflete em rejeição.

O certo é que ao contrário de 2004, quando correu solta no primeiro turno, este ano a Lôra vai ser o principal alvo da maioria dos candidatos. Luizianne vai ter que gastar muita sandália e goela pra se manter firme na disputa e, indo ao segundo turno, terá de ampliar ainda mais seu apoio para vencer a eleição. Desde já é preciso envolver de fato os partidos da aliança e as lideranças políticas que a apóiam, do contrário o segundo turno pode virar miragem.

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