segunda-feira, 23 de junho de 2008

Eita impunidade véia de guerra

Há mais de 15 anos uma discussão no trânsito de Fortaleza entre dois carros dirigidos por jovens filhinhos de papai findou na morte da bailarina Renata Braga. Semana passado Wladimir Porto, assassino confesso, foi absolvido no segundo julgamento, depois de ter sido condenado antes e até cumprido pena por 11 meses. A tese da defesa foi de que o assassino reagiu em legítima defesa porque teria se sentido ameaçado pelo outro carro que o perseguia em plena Avenida Beira-Mar. O advogado do assassino chegou a dizer que se não tivesse havido a perseguição, a bailarina não teria morrido.

Sinceramente, todo criminoso tem direito a defesa, por pior que seja seu ato (este é um principio essencial do direito e até da democracia – a confrontação de opiniões), mas acho que o nobre jurisconsulto exagerou aí na dose. Após a absolvição dum cara que depois de dar um tiro na direção de um carro cheio de gente e que teve como preocupação imediata trocar o pára-brisa que ele mesmo atingiu a bala, vejo a hora condenarem o rapaz que dirigia o carro atingido ou ate mesmo a vítima ser acusada de suicídio por ter ficado no caminho duma bala que era só pra “atingir o motor do carro”, como declarou o assassino.

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